segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Saga Dior: Marc Jacobs permanece na Louis Vuitton

Passou ano, entrou ano e a saga para encontrar um substituto para John Galliano na Dior continua.  Até então Marc Jacobs, atualmente na Louis Vuitton, era o principal indicado para assumir o posto de diretor criativo da maison.  Porém, em entrevista recente ao Telegraph, Jacobs afirmou que continuará onde está.  “Eu amo trabalhar aqui. Acho que há muito mais a ser feito”. “Bernard Arnault (o CEO do grupo LVMH, que engloba Dior, LV entre outras) é um homem superinteligente e muito esperto. É uma honra ter sido considerado por ele apto para o cargo e que poderia tê-lo desejado. Mas estou muito feliz de estar aqui”, completou. Ainda não se conhecem os motivos que fizeram as negociações não avançarem. “Bem… Isso é um pouco mais complicado. Mas concordamos que seria o melhor para todos”, disse Jacobs, esquivando-se. 

Em uma coisa o estilista está certo: é de fato complicado. Seria arriscado demais tirá-lo da Louis Vuitton, onde há uma relação de sucesso consolidado em grandes proporções. Marc e sua direção criativa muito contribuíram para que a LV chegasse hoje a ser a 18° marca mais valiosa do mundo, a 1° no mercado de luxo. Marc repaginou um dos clássicos da grife, as bolsas, com o modelo graffiti, além de emplacar coleções em todos as capas de revistas, editoriais e tapetes vermelhos possíveis. Agora, boatos apontam outros nomes para a sucessão, como Raf Simons, atualmente Jil Sander, Phoebe Philo, da Céline, e Ricardo Tisci,  sucesso na Givenchy. Ambos têm experimentado um grande reconhecimento: Givenchy nunca sentiu um boom como o trazido por Tisci, assim como o desejo minimalista despertado por Simons e Philo pôs a Céline e a Jil Sander sob os holofotes. 

Alguns sites e especialistas ainda especulam a possibilidade de volta do próprio Galliano, após saída da reabilitação e escândalo apaziguado. Amigos e profissionais como Jean Paul  Gaultier, Azzedine Alaïa e Franca Sozzani, editora da Vogue Itália, apoiam a idéia - o que seria de fato o mais coerente. Não se pode esquecer, mesmo não se deixando de lado o motivo que o afastou, tudo que Galliano fez pela Dior, o que ele a tornou. Foram mais de dez anos transformando as passarelas parisienses das semanas de moda em teatros vivos, onde ele fazia a magia acontecer através da alta-costura. E ninguém faz alta-costura como o estilista britânico: um sapato nunca era só um sapato, cabelo e maquiagem não eram simplesmente beleza - tudo era utilizado para compor o show, o drama, o que ficou conhecido com uma de suas principais características. Era o que se esperava da Dior Couture. Não há o que se falar negativamente do John Galliano profissional. A questão é: se pode separar?


Mila Kunis na nova campanha da Dior: ainda sem rumo
Foto: Reprodução

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